- Precisamos falar de compulsão alimentar
- Entenda onde tudo certamente começou
- Como tratar o distúrbio
A compulsão alimentar é um distúrbio que pode causar muito sofrimento ao seu portador, que por n motivos pode tardar a buscar ajuda especializada para enfrentar o problema. Seja por medo da opinião dos outros ou por receio é comum que alguém que sofre com a compulsão passe anos lidando ou tentando lidar com o quadro de maneira solitária.
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Muitas vezes, isso acaba acontecendo porque não conseguimos identificar claramente que estamos com problema, ou ainda temos dificuldades em reconhecer que precisamos de ajuda.
Compulsão alimentar: precisamos falar sobre isso
Veja se essa situação te parece familiar, seja para você mesma ou para algum conhecido. Você está ansioso para algum evento que acontecerá, seja ele familiar, profissional ou afetivo, você brigou com alguém de quem gosta muito ou ainda está muito estressada com as mil tarefas que precisa realizar. O que você faz em uma destas situações? Alguém que sofre com compulsão alimentar tende a buscar refúgio na comida, ou seja, depois de situações de extremo estresse ou alta carga emocional elas acabam comendo tudo o que veem pela frente.
Antes de determinar exclusivamente se o comportamento se justifica pela compulsão alimentar é preciso determinar se o mesmo tem afetado a sua vida. Além de comprometer a vida de seu portador é necessário observar a frequência com que estes episódios ocorrem para determinar que se trata de uma compulsão.
Em um caso de compulsão é comum que haja após os episódios compulsivos sentimentos de culpa e a noção de perda de controle.
Onde tudo começou?
Quem sofre com a compulsão alimentar pode ter iniciado com o transtorno na infância. Mas pode se manifestar em alguns casos mais tardiamente, como em adultos e adolescentes. Alguns estudiosos afirmam que a compulsão estaria relacionada com a dificuldade do indivíduo em administrar emoções e também situações delicadas e difíceis.
O processo de regulação emocional começa na infância e vai se desenvolvendo durante o crescimento da criança. Os pais podem acabar interferindo significativamente neste processo da seguinte forma: quando apresentam a comida como uma forma de alívio, ou de conforto.
Por exemplo, você já viu um pai, mãe, tio ou avô fazer a seguinte afirmação? “Se você se comportar, compraremos sorvete”. Este é um dos primeiros obstáculos que a criança tem para conseguir regular as suas emoções e entende a comida como uma válvula de escape.
Entender e enxergar a comida como uma válvula de escape pode acompanhar o indivíduo até a vida adulta e mais cedo ou mais tarde resultar em um quadro de compulsão alimentar.
Como vencer o problema da compulsão alimentar?
O ideal é buscar ajuda especializada assim que identificar que está sofrendo com a compulsão alimentar. Normalmente o psicólogo é o profissional mais indicado para o tratamento e o acompanhamento do caso. De modo geral, o tratamento consiste primeiramente em aceitar o estado emocional que desencadeia um episódio compulsivo. Devido a inúmeros fatores da nossa sociedade temos uma dificuldade de aceitarmos que estamos tristes, com raiva ou qualquer outra coisa que não felizes. Por isso tente aceitar o seu momento, a sua dor, sofrimento, raiva, não há nada de errado neles.
A partir da aceitação passe para o que ocorreu, o que desencadeou estes sentimentos e como você poderia contornar a situação caso ela se repita. Esse é um passo importante, assim você vai aprendendo a ligar com os gatilhos que resultam nos episódios.
De maneira bem simplista aja de maneira totalmente contrária ao seu primeiro instinto. É ele que te leva ao consumo desenfreado de alimentos. Tente uma postura diferente diante destas situações.