- O que é a endometriose?
- Quais os fatores de risco?
- Tratamentos indicados
As mulheres que costumam apresentar fortes dores ocasionadas por cólicas menstruais, além de fluxo muito intenso podem estar sofrendo de endometriose, um problema sério da saúde da mulher e que causa diversos problemas, inclusive infertilidade, caso não seja tratada forma correta.
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A mulher logo que começa a menstruar, na adolescência, costuma ouvir e já naturalizar os desconfortos desse período delicado, como cólicas e muitas dores. Porém, as coisas não são dessa forma.
Mas, temos uma boa notícia para você: essa doença é considerada benigna e possui tratamentos eficazes. Aqui você vai encontrar mais informações sobre essa doença, como ela se manifesta, quais agravantes e onde procurar o melhor tratamento.
Se você tem dúvidas sobre isso, siga a leitura e conheça os sintomas que você deve se atentar.
Endometriose: o que é?
A endometriose é o nome de uma doença ginecológica crônica, ou seja, doença que não apresenta risco à saúde do paciente e não é considerada uma emergência médica. Por esse motivo ela se considera também uma doença benigna.
Essa doença apresenta causas de múltiplos fatores e é diagnosticada em mulheres, principalmente durante o período que chamamos de idade reprodutiva, que começa na puberdade e vai até a fase adulta.
Pensando em uma definição bem geral, ela é acontece quando é verificada a presença de endométrio fora da região do útero. A região predominantemente afetada, mas não somente ela, é a região pélvica.
Você pode estar se perguntando: “o que é o endométrio?”. De forma bem simples, ele é a camada que envolve a parte de dentro da cavidade uterina. A menstruação é justamente o ato dessa membrana se soltar durante o fluxo menstrual, caso o óvulo não seja fecundado por um espermatozoide.
A formação da camada externa ao útero acontece quando o tecido não é eliminado em forma de menstruação e acaba fazendo o caminho inverso: volta pelas trompas e se acomoda na cavidade pélvica.
A Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia apresenta dados que estimam uma porcentagem entre cinco e dez por cento das mulheres em idade fértil relatem sofrimento e evolução da endometriose.
Existem fatores de risco?
Muitos pesquisadores estudam a origem da doença ao redor do mundo. Hoje em dia existem muitas vertentes teóricas que indicam diversas causas, no entanto, todas elas mostram que as causas da doença são multifatoriais, ou seja, o surgimento e desenvolvimento pode acontecer com a conjunção de muitos fatores. Esses fatores podem ser genéticos, problemas de imunidade até disfunção endometrial.
No entanto existem algumas causas que são mais prováveis. Confira abaixo quais são:
Menstruação retrógrada: nesses casos a menstruação não acontece no fluxo convencional, seguindo assim em direção a outras regiões pélvicas. Assim, os fragmentos da membrana do endométrio não acaba sendo eliminada e se acumula em outros órgãos. Dessa forma, a doença começa a surgir e deriva diversos sintomas. Metaplasia celômica. Essa teoria propõe que células indiferenciadas do peritônio pélvico podem ter a capacidade de se diferenciar, dando origem ao tecido endometrial.
Transplante direto: nessas condições, em tese, a doença começaria a se desenvolver em cicatriz em caso de cesárea ou outras intervenções cirúrgicas.
Sendo assim, a proliferação das células ou dos tecidos do endométrio por meio de vasos sanguíneos e também dos linfáticos. Assim, a disseminação de células ou tecido endometrial seria a causa do surgimento da doença.
Fatores ambientais: muitos pesquisadores indicam que o fato de vivermos em um ambiente com a presença de muitos poluentes, metais pesados e outros tipos de substâncias no ar e principalmente na alimentação, pode ocasionar alterações no sistema imunológico. Por isso, o organismo pode passar a não reconhecer mais o tecido do endométrio.
Quais os principais sintomas?
Você sabia que existem mulheres que possuem endometriose, mas são assintomáticas? Pois é. Uma parte dessas mulheres costuma apresentar um pequeno desconforto e outras apresentam uma dor tão forte e intensa, que chega a ser paralisante.
A dor pélvica quando acontece de forma aguda, as dores relacionadas ao período menstrual e aparecimento de dor e desconforto durante o ato sexual, ainda consiste nos principais sintomas da doença.
Porém, esses sintomas podem variar de acordo com o local que o tecido excedente do endométrio está localizado. De acordo com essa localização, você pode sentir esses sintomas:
Intestino grosso: se esse for o seu caso, você poderá sentir muita dor durante a eliminação das fezes, distensão abdominal, intestino preso ou diarreia, presença de sangue no anus no período menstrual. Bexiga: neste caso, há presença de dor pélvica, especialmente ao urinar. A mulher também pode sentir um maior volume de xixi e também mais idas ao banheiro.
Ovários: quando os tecidos estão nos ovários, o principal sintoma é ter dores abdominais intensas.
Qual profissional devo procurar?
O profissional mais qualificado para realizar o diagnóstico e indicar o melhor tratamento da doença é o médico ginecologista. Por isso, caso você sinta algum sintoma dos descritos acima, é importante ficar em alerta e consultar seu ginecologista que faça seu acompanhamento.
Caso o médico suspeite que a paciente tenha endometriose, o médico poderá solicitar alguns exames de imagem, como: exame vaginal, cistoscopia ou ainda videolaparoscopia.
Solicitar exames de imagem é importante pois é comum que os sintomas da endometriose se confundam com outras doenças abdominais. Se indica que o médico também solicite exames laboratoriais.
Qual o tratamento para a endometriose?
Por se tratar de uma doença crônica, inicialmente a paciente tem como tratamento analgésicos para dor e medicamentos hormonais, por exemplo, anticoncepcionais.