- A definição de depressão pelo Ministério da Saúde
- O mais preocupante tipo da doença
- Considerações finais
A definição do Ministério da Saúde para a depressão é um estado mental que tem a influência de três fatores: a genética, os eventos vitais vivenciados ao longo da vida e a bioquímica cerebral.
Por isso é importante estar atento: se o seu pai ou sua mãe apresentarem sinais e diagnóstico de depressão, existe aproximadamente quarenta por cento de chances disso ser passado através da genética do casal. Esse percentual se justifica não só pela questão da bioquímica cerebral, mas também das situações vividas em casa e entre essa família.
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Ainda conforme indica o Ministério da Saúde, pessoas diagnosticadas com depressão apresentam evidências de que existe uma falta de algumas substâncias cerebrais que são chamadas de neurotransmissores. Esses neurotransmissores chamados de noradrenalina, serotonina e dopamina agem na regulação e controle de atividades motoras, controle do apetite ou do sono, além de influenciar diretamente no humor.
Por mais que haja uma definição para a doença, ela não afeta todas as pessoas da mesma forma. Alguns casos, inclusive, são muito difíceis de diagnosticar justamente por serem menos comuns.
Mas, mesmo com essas características, a doença não é igual em todo mundo que a desenvolve. Existem, inclusive, tipos menos comuns de depressão que são difíceis de diagnosticar.
Se você tem dúvidas sobre os diferentes tipos, siga a leitura para ter mais informações sobre essa doença que tem acometido cada vez mais pessoas ao redor do mundo.
Depressão bipolar
Esse transtorno bipolar de tipo 2 é a chamada depressão bipolar. Nesse quadro o paciente demonstra momentos de muita tristeza e hipomania, que é quando a pessoa está super estimulada, agitada ou impaciente, e momentos de alegria, otimismo ou ainda tendo comportamentos agressivos.
Para os especialistas, pessoas com quadro único de bipolaridade conseguem identificar rapidamente a doença, pois os sintomas são mais evidentes e claros. No entanto, caso a pessoa apresente sinais de depressão, isso pode demorar entre oito e quinze anos, dependendo do caso e também do médico que está acompanhando esse paciente.
Muitas vezes, o médico não faz o atendimento adequado e nem dá atenção devida ao caso, o que pode ocasionar muitos erros de diagnóstico. Também pode acontecer de o paciente omitir sintomas, o que dificulta ainda mais o diagnóstico e tratamento.
Nesse caso o paciente é medicado com estabilizadores de humor e não somente os clássicos antidepressivos.
Depressão psicótica
É considerada a forma mais preocupante do transtorno de depressão. Além dos sintomas de tristeza e apatia profundas, o paciente também apresenta sinais de delírios e alucinações.
A depressão psicótica é um tipo raro de transtorno depressivo e geralmente é desencadeada após um luto, cobranças excessivas e traumas não resolvidos. O paciente tem sintomas muito exagerados e, em muitos casos, a depressão psicótica recebe o diagnóstico de esquizofrenia. Além disso, o paciente demonstra mais suscitabilidade a desenvolver quadro e tendência suicida.
A indicação para o tratamento é a utilização de antipsicóticos e é imprescindível que o paciente siga o tratamento à risca, para que não tenha outros episódios e crises ao longo da vida.
Depressão maior
Esse tipo é o mais comum e popular. O depressivo maior também recebe o nome de depressivo clássica ou ainda depressivo unipolar. A estimativa é que aproximadamente doze milhões de brasileiros tenham pelo menos um episódio desse tipo ao longo da vida.
Os principais sintomas classificam-se como leves ou ainda graves, como por exemplo: desânimo ou tristeza, problemas de sono tanto para mais ou para menos, fadiga, dores no corpo injustificáveis, descompasso no apetite para mais ou para menos.
Além deles há desinteresse em atividades antes prazerosas, problemas de memória ou indecisão exagerada, ansiedade constante e ainda tendências suicidas ou automutilação.
A pessoa com depressão maior pode sofrer com esses sintomas por semanas ou ainda meses. Enquanto uns podem desenvolver esse quadro apenas uma vez na vida, outros vivem com isso por um longo período da vida.
Se os sintomas durarem pouco ou muito tempo, pessoas que sofrem de depressão maior geralmente causam grandes problemas na vida pessoal, profissional e atividades corriqueiras.
Cada tratamento deve ter sua definição feita de pessoa para pessoa. No entanto geralmente o tratamento mais indicado é a combinação de terapia e medicação.
Depressivo persistente
São quadros depressivos com duração maior que dois anos e também recebem o nome de depressão crônica ou ainda distimia.
Ela pode ser ainda mais severa quanto à depressão maior, pois tem o potencial de afetar negativamente as relações pessoais ou ainda profissionais.
Confira aqui alguns sintomas de depressão persistente: problemas de percepção e autoestima ou inadequação, irritabilidade ou impaciência exageradas, problemas de conseguir se concentrar no trabalho ou nos estudos, dificuldades em se sentir feliz além de uma maior introspecção social.
Muitas pessoas que sofrem de depressão maior muitas vezes são vistas como depressivos funcionais.
Esse tipo de depressão pode durar anos, por isso as pessoas que sofrem desse tipo de transtorno podem sentir que esses sintomas se tornaram parte da vida comum, o que torna a distimia ainda mais perigosa.
Por isso é importante ressaltar que esse tipo de transtorno também possui tratamento.
Considerações
Esses são alguns tipos de depressão, no entanto, existem outros tipos como depressão pós-parto, depressão atípica, depressão disfórico pré-menstrual ou ainda depressão sazonal.
É importante ressaltar que nenhuma pessoa que sofre de depressão tem culpa por isso. Isso porque a depressão consiste em uma doença, como qualquer outra.
Por isso é importante consultar um médico que possa diagnosticar o transtorno, seja com sintomas e quadros leves e até os mais severos.