- O que é a chamada melhora da morte?
- O que a ciência diz sobre o assunto?
- A visão da espiritualidade sobre o assunto
Um fenômeno que intriga muitas pessoas e que acontece com pacientes terminais é a chamada “melhora da morte”. Algo que desafia o raciocínio e costuma levantar questionamentos, afinal há uma explicação para isso?
Também conhecida como “lucidez terminal”. Consiste em casos onde pacientes no leito de morte apresentam uma melhora ou lucidez repentina em seu estado clínico, dias ou até mesmo horas antes de falecerem.
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Melhora da morte e a ciência
Apesar de estes casos serem relatados como situações comuns dentro do hospital, pesquisadores e médicos apontam que casos da “melhora da morte” não costumam ocorrer com tanta frequência como imaginamos.
O fenômeno em si não possui uma explicação comprovadamente científica, porém especialistas apontam isto como sendo uma “pegadinha” de nosso cérebro ao depararmos com esta situação.
Isto ocorre, pois, o senso comum nos diz que uma pessoa em estado terminal é aquela que tem um quadro de saúde que vai piorando até o momento de sua morte. A questão é que isto não é uma regra e há variações para cada paciente.
Nossa mente sempre tenta fazer ligações de causalidades, então é normal que haja este estranhamento e que a melhora do quadro clínico do paciente seja inconscientemente relacionada como um presságio de sua morte.
Como buscarmos uma explicação para o que ocorreu, é comum que nossa memória se lembre com mais frequência das pessoas que tiveram uma melhora da morte, do que dos enfermos que mantiveram um quadro estável e depois vieram a falecer.
O que a espiritualidade diz?
Lidar com a morte é um momento difícil psicologicamente, e nestes momentos onde a racionalidade não é suficiente para amenizar a dor de quem fica, a espiritualidade se faz presente para prestar auxílio.
Cada religião ou grupo espiritual lida com o fenômeno da lucidez terminal de uma forma diferente, mas a maioria costuma associar os casos destes pacientes como uma última oportunidade de se despedir de pessoas queridas.
Outras associam estas situações como sendo uma forma de amenizar a dor e infelicidade dos entes queridos. Trazendo mais paz e conforto espiritual para aqueles que irão perder um amigo ou familiar querido.
Há também pacientes onde estes tipos de melhora da morte está relacionado a algum assunto não resolvido, uma mágoa, uma desavença. Ou algo do tipo que precisa ser concluído antes que essa pessoa possa partir.
Desdobramentos ao longo dos anos
Ao certo, até hoje a chamada melhora da morte ainda não é algo extremamente claro para a ciência. No Brasil, na Língua Portuguesa chamamos de melhora da morte. Mas há outros termos para definir o mesmo fenômeno, a melhora súbita de pacientes graves pouco antes de morrer.
No Reino Unido, em 2008, foi realizado uma pesquisa com profissionais de asilos e instituições de cuidados para idosos. Destes sete a cada dez afirmaram ter presenciado casos de melhora da morte.
No caso da pesquisa realizada no Reino Unido, os profissionais consultados afirmaram ter presenciado casos assim especialmente em pacientes com confusão mental ou demência.
Dentre os termos utilizados para determinar o mesmo fenômeno está iluminação antes da morte, o último adeus, lucidez paradoxal, lucidez terminal. E até mesmo último raio de Sol de origem chinesa. Todos em tradução literal.
Muitos casos de melhora súbita antes de morrer têm sido registrados em pacientes de coronavírus. Busca-se investigar o porque, mas tal questionamento do porque a melhora súbita existe sobretudo em pacientes crônicos existe desde Hipócrates, conhecido como pai da medicina.
Várias hipóteses especulam o que efetivamente ocorre. Mas nada acabou sendo comprovado por meio da ciência até o presente momento. Dentre as hipóteses está, por exemplo, oscilações normais, comuns em pacientes graves, reação química do organismo em um instinto de sobrevivência, apenas uma eventualidade, persistência da consciência sobre o indivíduo, dentre outras.
Como lidar com a perda de alguém que amamos?
A morte é um processo natural da vida, porém extremamente delicado e sobretudo complicado para o ser humano lidar. Desde pequeno estamos sujeitos a ela, seja através da perda do bichinho de estimação ou com o medo de nossos pais partirem.
Seja por ser considerado um tabu ou um assunto difícil de abordar, aprender a lidar com a perda de uma pessoa querida é essencial para o crescimento e amadurecimento de um indivíduo.
Não há uma receita pronta de como passar por esta etapa da vida. Porém, há algumas atitudes que ajudam sobretudo a amenizar a dor e o sofrimento de quem fica:
Aceitação – aceitar que o fim daquela pessoa chegou consiste no primeiro passo para a superação do processo de perda. Não se deve buscar culpados ou remoer se poderia ter sido diferente, pois isso só irá prolongar a dor e a angústia;
Viva o luto – o luto é um processo que surge tanto na morte, como em situações de perda social de uma pessoa. Em ambos os casos, deve-se aceitar este período psicológico, não reprimi-lo, e buscar a melhor maneira de extravasá-lo.
Apoio – o processo de luto e aceitação não precisa ser uma trajetória solitária. Busque pelo suporte de familiares, amigos ou até grupos de apoio ao luto para que este processo seja mais leve e procure guardar os momentos felizes vividos com a pessoa que partiu.