Exame de polissonografia: o que é e quando fazer?

  • Conheça o que vem a ser o exame de polissonografia
  • Exame pode auxiliar no diagnóstico da fibromialgia
  • O que se investiga com o exame?

Através dos inúmeros avanços tecnológicos no campo da medicina diversos estudos e diagnósticos puderam ser feitos. Dentre um exame que exemplifica isso temos a polissonografia.

A polissonografia é um exame não invasivo realizado com o intuito de identificar e registrar diversos parâmetros do indivíduo durante o sono. Dentre os parâmetros identificados está a atividade cerebral, atividade muscular bem como a respiratória.

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As informações obtidas por esse exame são captadas através de inúmeros sensores que são dispostos instalados no corpo do indivíduo. Estes sensores captam as informações que são posteriormente transformadas em padrões sob os quais é possível identificar como é o padrão de sono e descaso do indivíduo.

Exame de polissonografia: quais as indicações?

polissonografia

Como é um exame realizado com o paciente dormindo, o principal intuito de sua realização é justamente a identificação de distúrbios relacionados ao sono. Podendo ser com isso uma alternativa para pacientes com suspeita de apneia, por exemplo.

Pode ser indicado igualmente para investigar as causas da sonolência diurna excessiva em algumas pessoas. Outra indicação para a realização do exame é a investigação clínica quando há sintomas de diferentes distúrbios respiratórios, síndrome das pernas inquietas bem como alterações no ritmo cardíaco.

Embora não seja a sua principal indicação pode ser utilizado como auxiliar no diagnóstico do bruxismo, terror noturno, insônia, narcolepsia, sonambulismo e até mesmo da fibromialgia.

A realização do exame leva horas

A média para realização do exame de polissonografia é de oito horas. Mas a depender do padrão de sono do indivíduo pode durar mais ou menos tempo. O importante é que se possa capturar como diferentes sistemas do corpo se comportam durante o sono.

Para que o exame seja feito, comumente a pessoa dorme na clínica de sua realização em um quarto confortável que lhe proporciona segurança e tranquilidade.

Todos os sensores distribuídos no corpo do indivíduo devem possibilitar a sua mobilidade durante a noite.

Graças aos avanços obtidos através da tecnologia combinada a medicina em alguns casos acaba sendo possível que a poli tenha sua realização feita em casa. Nesse caso o exame recebe o nome de polissonografia domiciliar e segue as mesmas regras do exame realizado na clínica sendo feito especialmente para quem não consegue dormir fora de casa.

Polissonografia e a interpretação de resultados

polissonografia

O resultado do exame consiste em dados que são posteriormente interpretados pelo especialista que o solicitou. Em companhia ao eletroencefalograma a polissonografia ganha ainda mais relevância para o diagnóstico de desordens neurológicas.

Isso acontece porque o eletroencefalograma permite o registro das ondas cerebrais. O exame serve sobretudo para verificar a atividade elétrica do cérebro. A polissonografia também, de certa forma, mas há diferenças na atividade cerebral em estados de atenção, sonolência, sono profundo e apenas relaxamento.

Em conjunto, ambos os exames servem para que o médico especialista tenha uma visão ampla sobre a atividade cerebral do indivíduo e isso permite que seja identificado anormalidades neurológicas caso hajam.

Dentre os diagnósticos que podem advir através do exame de poli está, por exemplo, a síndrome das pernas inquietas.  A síndrome das pernas inquietas consiste em uma alteração nos neurônios que leva o seu portador a necessidade involuntária de movimentar as pernas que acaba ocorrendo também durante o sono.

Com a poli é possível observar a atividade neurológica e como ela reage sobre os diferentes sistemas do corpo, como o motor, o respiratório, e outros. As áreas observadas pelo exame buscam auxiliar o diagnóstico da patologia a qual se suspeita.

O que se investiga com o exame de polissonografia?

Além da síndrome das pernas inquietas, o exame da poli serve para investigar uma série de condições que podem afetar a vida do indivíduo acometido.

O exame avalia a frequência cardíaca e também respiratória durante o sono, a oxigenação sanguínea, e as ondas cerebrais são praxe nesse exame e integram o laudo da poli.

Por meio desse exame que se identificam arritmias que podem levar ao sofrimento em caso de crises de apneia obstrutiva.

Durante o sono analisam-se igualmente os movimentos dos olhos e das pernas. O intuito é avaliar o nível de apneia que o paciente atinge enquanto dorme.

O exame de poli também avalia o nível de ronco durante a noite. Por meio do ronco é possível avaliar questões importantes sobre a saúde do paciente. Isso porque a depender do ronco é possível que se acarrete danos irreversíveis ao coração.

Dentre os quadros clínicos que podem ser diagnósticos a partir da poli temos: paralisia do sono, terror noturno, narcolepsia, insônia, apneia, bruxismo, sonambulismo, estágios avançados da DPOC, etc.

De modo geral, o principal objetivo da realização do exame é identificar disfunções nos padrões de sono do indivíduo e principalmente as causas.

O exame e consequentemente a sua realização consiste na base para o início de tratamentos que visam solucionar os problemas relativos com a dificuldade de dormir, de ter uma noite de sono de qualidade, ou mesmo de permanecer dormindo.

Qualquer eventual distúrbio do sono ou que se manifeste enquanto o indivíduo está adormecido pode ser identificado por meio deste exame.

A realização da poli é indolor, não invasivo. Como vimos pode ter sua realização tanto em casa quanto no laboratório especializado sem que haja perdas em sua qualidade.

Complicações na realização do exame de poli são extremamente incomuns e raramente ocorrem.