- Vício em jogos: características do quadro
- O que a OMS fala?
- Como evitar o comportamento vicioso?
Muitos pais podem acabar se assustando quando ouvem a palavra “viciado”. Mas eles não apresentam tal reação quando veem os filhos o dia todo com seus smartphones extremamente potentes empunhados jogando on-line com amigos ou apenas contra o próprio computador. O fato é quem embora não seja muito levado a sério por pais ou responsáveis o vício em jogos existe e pode causar sérios problemas para crianças e adolescentes.
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Quando falamos em vício estamos falando de um comportamento que estabelece uma relação desequilibrada e que pode acabar prejudicando a vida do indivíduo envolvido. No caso do vício em jogos ele é mais sério do que pode inicialmente parecer e infelizmente tem acometido crianças e adolescentes cada vez mais cedo.
Vício em jogos por crianças
O vício em jogos pode ser caracterizado por uma relação pouco saudável de desequilíbrio no qual a criança dá prioridade para os jogos em detrimento de outras atividades. As demais atividades acabam em defasagem, sendo elas desde seus relacionamentos familiares quanto interpessoais e o próprio desempenho escolar. Em alguns casos a criança deixa de lado até mesmo a sua higiene pessoal para passar ainda mais tempo jogando.
O quadro de vício pode acabar sendo notado quando mesmo diante de consequências negativas a predileção para o jogo tende a aumentar progressivamente.
Aquelas crianças e adolescentes que conseguem se desligar dos jogos sempre que necessário para realizar suas atividades diárias não se enquadram em viciadas. Da mesma forma para que seja considerado um vício o comportamento de desequilíbrio precisa ser mantido por pelo menos doze meses.
Desordem do jogo pela OMS
Embora possa parecer um comportamento inofensivo para muitos pais, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) o vício em jogos está classificado como um problema de saúde mental. O estudo que determinou isso ainda precisa de conclusão, mas a condição já está adicionada ao guia da organização.
O guia da OMS consiste em um documento utilizado por médicos e especialistas para o diagnóstico de patologias e distúrbios clínicos.
Mas afinal, como evitar o vício em jogos?
Assim como toda e qualquer atividade prazerosa o jogo pode desencadear um comportamento vicioso. Para evitar o vício em crianças e adolescentes se faz necessário que os pais participem ativamente do mundo dos games com as crianças estabelecendo limites saudáveis para que a relação não se torne um vício desde cedo.
Uma dica também acaba sendo trazer outras atividades on-line que não apenas os jogos e igualmente mesclar atividades on-line com atividades ao ar livre longe dos aparelhos eletrônicos.
Especialistas recomendam que os pais determinem um tempo para que as crianças e adolescentes joguem diariamente a depender da idade.
Por exemplo, crianças até os oito anos não devem passar mais do que uma hora jogando. A partir dos oito anos o tempo pode chegar a até duas horas não devendo ser superior.
Risco do vício em jogos
O vício em jogos pode desencadear uma série de problemas para a criança ou para o adolescente. Dentre estes problemas está a maior propensão a obesidade devido ao comportamento sedentário estimulado pelo jogo excessivo, bem como o desequilibro quanto ao comportamento alimentar.
Com o vício em jogos a criança tende a acabar fugindo dos padrões normais de alimentação fazendo refeições a todo o momento. Isso acontece porque enquanto joga muitas petiscam. Esse comportamento aumenta ainda mais o risco de desenvolvimento de um quadro de obesidade e de doenças relacionadas como doenças cardíacas.
Não podemos nos esquecer que vício em jogos como vimos acima também atrapalha sistematicamente os relacionamentos familiares e interpessoais da criança.