- Conhecendo o problema
- feiura imaginária na classificação médica
- Os principais sintomas e as alternativas de tratamento
Se pararmos para pensar, todos nós temos vontade, ou desejo de mudar algo em nós mesmos. Seja algo em nosso rosto, ou em nosso corpo, não importa. Não há quem esteja totalmente satisfeito com o que vê no espelho. Mas você sabia que este incansável apontamento sobre aspectos que você deveria melhorar pode esconder um novo distúrbio?
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É sobre ele que falaremos neste post. Conhecido popularmente como feiura imaginaria, o Transtorno Dismórfico Corporal (TDC) é crescente na era digital.
Conhecendo a síndrome da feiura imaginária
Há um grande escritor chamado Franz Kafka que curiosamente sempre se referia a si próprio de maneira depreciativa.
Miserável, desajeitado e de ombros caídos eram apenas algumas das colocações de Kafka para se referir a si próprio em seus textos.
Não se sabe ao certo se Kafka era vaidoso, tímido ou tinha problemas com a sua imagem. Mas o que se comenta atualmente é que ao que tudo indica o escritor teria o chamado problema da feiura imaginária. Também conhecido como TDC, Transtorno Dismórfico Corporal.
Transtorno este que acomete cerca de 2% da população mundial. No Brasil corresponde a cerca de quatro milhões de indivíduos.
Na época de Kafka em que o escritor não via nem mesmo necessidade de comprar roupas novas para não ter de experimenta-las na frente do espelho o problema era denominado de dismorfobia. A dismorfobia era caracterizada como um medo assustador de ser ou de se tornar deformado.
Somente em meados da década de oitenta, quase um século depois de seu surgimento, que a patologia foi colocada no Manual Diagnóstico e Estatístico de Distúrbios Mentais.
O manual é um tipo de guia para a psiquiatria mundial. Este guia caracterizou o distúrbio como uma condição onde o indivíduo tende a se incomodar com aspectos irrelevantes em si próprio. Muitas vezes o que acontece é que o indivíduo passa a se incomodar com uma pinta no rosto, por exemplo, ou ainda uma barriguinha que não existe de fato.
Causas da feiura imaginária
De acordo com dados sobre o transtorno, o TDC pode acometer igualmente tanto em homens quanto mulheres. A era das redes sociais pode favorecer o quadro. Com a internet e o boom das redes sociais temos uma condição de exposição inimaginável. E esta exposição e a busca pela perfeição as pessoas com o chamado problema da feiura imaginária podem acabar sofrendo e muito.
Para se ter ideia da gravidade do problema muitas vezes o indivíduo acometido com o problema tem até mesmo medo de sair e achar que as pessoas o estão encarando por conta de um aspecto nele que não existe.
Ao que tudo indica segundo pesquisas a feiura imaginária seria resultado de uma condição hereditária, psicológica ou ainda social.
Segundo estudos o que poderia contribuir para o surgimento do problema são questões que afetam diretamente a autoestima do indivíduo. Por exemplo, bullying e outros traumas.
Sintomas e tratamentos para a feiura imaginária
Agora que já conhecemos um pouco sobre o Transtorno Dismórfico Corporal vamos ao sintomas que o problema pode apresentar. Abordaremos igualmente o tratamento adequado.
Um dos principais sintomas é a preocupação patológica com algo que aos olhos dos outros são sinais imperceptíveis ou ainda estes sinais nem mesmo existem.
Outro dos sintomas muito comuns neste caso são os pensamentos obsessivos. Em outras palavras, o indivíduo acometido com o problema tenta insistentemente convencer os outros de que determinado problema ou aspecto em si existe.
Comportamentos obsessivos e repetitivos também são similarmente comuns. Quem sofre com o problema pode passar minutos em frente ao espelho olhando-se.
No caso das mulheres as regiões em que mais há reclamações são em relação as nádegas, a pele, cabelos, nariz, quadris e também as pernas. Para o caso dos homens, entretanto, a maior depreciação diz respeito ao cabelo, a massa muscular e ao órgão genital.
Dentre as principais opções de tratamentos para quem sofre com o transtorno corporal estão a terapia cognitiva, assim como a terapia cognitivo comportamental bem como a utilização de medicamentos. Para o tratamento medicamentoso são utilizados principalmente remédios antidepressivos. Neste caso especialmente a classe médica tem se utilizado nos Inibidores Seletivos de Recaptação de Serotonina, os ISRS.