- Ortorexia: o que é?
- Como identificar o transtorno
- Formas de tratamento
É comum que estejamos cada vez mais preocupados com a nossa alimentação e consequentemente com o que colocamos em nosso prato e o que estamos ingerindo. Desta forma, cada vez mais pessoas tem buscado formas de viver e se alimentar de maneira saudável ou mais saudável. Consequentemente uma alimentação saudável tem se tornado a busca de inúmeras pessoas pelos motivos mais diversos.
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A busca por um estilo de vida mais saudável e uma alimentação equilibrada pode parecer em um primeiro olhar algo extremamente positivo. Não é mesmo? Talvez até em um terceiro ou quarto olhar. Mas veja! Como tudo em excesso, a incansável busca pelo comportamento alimentar perfeitamente saudável pode esconder um transtorno. Um grave problema alimentar.
A ortorexia que pode ser simplificada pela obsessão por uma alimentação saudável, pode esconder um desequilíbrio físico e mental de comportamento.
A ortorexia nervosa na prática
O conceito e a manifestação da ortorexia se assemelha muito ao comportamento de indivíduos com anorexia. Todavia, o seu diagnóstico é mais difícil de ser feito. Enquanto a anorexia tem uma restrição alimentar de maneira surreal e praticamente impraticável, isso não acontece na ortorexia. A ortorexia adota esse mesmo comportamento mas com uma falsa máscara de busca pela saúde.
Pessoas com ortorexia restringem sua alimentação ao chamados alimentos puros, naturais e permitidos. Desta forma, indivíduos com esse distúrbio acabam não consumindo açúcares, alimentos geneticamente modificados, além de produtos com aditivos químicos e agrotóxicos.
Uma forte característica de quem sofre com o problema é o seu isolamento social. Isso porque uma pessoa com esse característico distúrbio alimentar está constantemente pensando em sua alimentação, no que comprar e consumir, no que preparar e no que fazer em relação a melhor “pureza alimentar”.
Habitualmente apresentam grande apatia a quem não tem o mesmo comportamento alimentar que eles. Isso apenas reforça ainda mais o seu isolamento social.
A pré-disposição a doença pode ser identificada
Normalmente diz-se que uma determinada doença não tem cara, perfil ou algo do tipo. Curiosamente a ortorexia nervosa é mais comumente vista nas classes sociais mais privilegiadas. Isso acontece porque o custo de alimentos sistematicamente puros, orgânicos e livre de aditivos tem valor agregado. Ou seja, são produtos mais caros no mercado. O que torna esse tipo de comportamento alimentar mais difícil de se manifestar entre as camadas mais pobres economicamente.
Há ainda uma característica desse grupo que está mais susceptível a doença. Essa doença é mais propícia a acometer pessoas que possuem extrema necessidade de controle sobre suas vidas. Pessoas perfeccionistas e pessoas cuja as quais estabelecem um certo nível de conhecimento sobre alimentação saudável (podemos citar aqui nutricionistas e correlatos, por exemplo) podem acabar estando mais propensas a desenvolver um quadro de ortorexia.
Os tratamentos a serem adotados a partir do diagnóstico
É preciso admitir que a busca por uma alimentação saudável deve ser algo que busquemos, tanto para a nossa saúde física quanto mental. Entretanto, quando essa busca se torna demasiada, excessiva e prejudicial é preciso atenção e um quadro de ortorexia pode estar sendo vivenciado.
Atualmente não há um diagnóstico preciso para determinar quem tem ou não ortorexia. Da mesma forma não há uma guia ou uma discrição de sintomas para avaliação médica.
Contudo, uma forte característica de quem sofre com o problema em relação a alguém que apenas busca uma alimentação mais saudável é a sua obsessividade. Quem sofre com esse tipo de distúrbio está constantemente pensando em suas refeições e no que pode ou não consumir. Consequentemente é alguém que como colocado anteriormente sofre problemas de socialização e acaba consequentemente quase sempre isolado por conta de seu comportamento obsessivo.
Todavia a ortorexia pode ser tratada por meio de intervenção multidisciplinar, ou seja, ação conjunta de vários profissionais de diversas áreas. Para que o tratamento seja efetivo é preciso reconhecer que esse distúrbio é de natureza psiquiátrica.