Ser mãe, como sabe toda mulher que optou pela maternidade, não é algo fácil. Exige, entre outras coisas, dedicação e concessão, além de muita paciência. O ultimo atributo é devido principalmente ao fato de um filho não ser um brinquedo sem vontades. As crianças brincam, fazem bagunça, aprendem e descobrem um mundo novo a cada dia.
Apesar de nem todo mundo optar por ter filhos, está crescendo o número de pessoas que estão adquirindo uma fobia por crianças. Essas pessoas, além de sempre culparem os pais por comportamentos comuns às crianças, se incomodam com esses comportamentos, evitando até mesmo estar em ambientes nos quais famílias com filhos pequenos estão presentes.
A empatia dessas pessoas anda tão baixa, que algumas até lucram com isso. Há, hoje, algumas redes de hotéis e restaurantes que oferecem o diferencial de não hospedar famílias com filhos pequenos. Ou seja: oferecem momentos tranquilos sem barulhos ou incômodos que crianças podem causar. O pior é que esses estabelecimentos obtêm muita procura por parte dos criançofóbicos modernos.
Esse é um assunto que necessita de reflexão e iremos abrir esse espaço para isso e convidamos você a opinar nos comentários.
Devemos proibir as nossas crianças de chorar?
Não é novidade que lidar com emoções é uma tarefa difícil para o ser humano, não é mesmo? Principalmente quando essas emoções são negativas. Tristeza, dor, saudades, angústia, ansiedade, entre outras; essas são emoções que geralmente são contidas por adultos, mas não por crianças. O que fazemos quando nossos filhos as demonstram de forma aberta? Reprimimos, dizendo que está tudo bem e que não há motivo para choro.
Apesar de, em alguns momentos incentivarmos nossas crianças a pararem de chorar, achando que isso fará bem a ela, muitas vezes o fazemos com a intenção de não incomodar os outros. Não é raro nos depararmos com a seguinte situação: uma mãe entra em um espaço público, com uma criança e um bebê. O filho mais velho começa a brincar e correr, enquanto o mais novo chora vez ou outra. Sempre que a criança ou o bebê fazem algo “inapropriado” aos olhos dos outros, a mãe recebe olhares de reprovação e logo vem alguém pedindo para ela acalmar os filhos, pois estão incomodando as outras pessoas.
O caso da cantora Sarah Blackwood
Informações sobre o caso retiradas do site Today
A cantora Sarah Blackwood passou por uma situação parecida, quando estava grávida de seu segundo filho. Em turnê mundial com sua banda, pegou um avião, com seu filho de 23 meses e foi reprimida quando ele ficou um pouco agitado e começou a chorar.
Depois do acontecido, ela desabafou em suas redes sociais, explicando o acontecido:
Enquanto tentava acalmar o filho, que chorava alto, dois funcionários se aproximaram dela
“Eles disseram: ‘Se você não consegue controlar seu filho, vamos ter voltar com o avião e pedir para você se retirar’“, confessou a cantora. “Eu já estava em prantos, frustrada por ter de lidar com essa situação. As pessoas me olhavam, me repreendendo e me deixando envergonhada por algo tão natural. Parecia que pensavam ‘esse garoto não vai parar nunca de chorar’“.
Após dez minutos de choro, seu filho caiu em um sono pesado. Mesmo assim o avião retornou e pediram que ela se retirasse.
Casos como o da cantora mostram que nem sempre o choro de uma criança é causado por birra. Mostra, também, que as pessoas estão se tornando cada vez mais frias quanto às mãe e aos seus filhos.
Devido a isso, tendemos a reprender as crianças quando choram, mas isso não é nada saudável para elas.
Choro é a demonstração física da emoção. E, nesse caso, é a demonstração de outra pessoa. De uma criança. Não é da sua emoção. Como eu posso saber se já parou de doer? Quem somos nós para avisar que não precisa chorar? De uma forma indireta, mas bem importante, estamos ensinando aos nossos filhos a não dar vazão aos seus sentimentos, por não ser tão importante como pensa. Incentivar que o choro cesse de forma forçada não vai fazer ninguém se sentir melhor ou ser tomado de alegria novamente. […]
Então, acolha o choro do seu filho! Para ele, será muito importante saber que pode contar com seus pais nesses momentos.
Bagunça e choro é culpa de uma má criação?
Assim como no acontecido com a cantora Blackwood, muitas mães e pais são julgados pelo comportamento dos filhos. Isso acontece sempre que uma criança brinca, chora ou mostra algum traço de sua personalidade que os adultos julgam “errado”.
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, crianças possuem também personalidade. Algumas mais quietas, algumas mais falantes, algumas mais bagunceiras, algumas mais manipuladoras… Enfim, todas elas possuem diferentes formas de demonstrar o que sentem, independentemente da criação dos pais.
Enfatizamos aqui, que não estamos defendendo a famosa “birra”, que algumas crianças fazem para conseguir o que querem. Mas, até isso, demonstra a personalidade daquela pequena pessoa em formação. Quando uma criança percebe que fazer birra vai dar o que ela quer, ela o faz, mesmo que os pais nunca a tenham ensinado aquilo e mesmo que eles repreendam ela de forma construtiva.
Uma criança feliz é rebelde, teimosa e faz muita bagunça!
Não reprimamos as descobertas diárias de nossos filhos! Com elas eles aprendem a lidar com seus sentimentos e com as pessoas, se divertem e aos poucos amadurecem sua personalidade.
A época de ser criança é barulhenta por natureza. Não façamos a infância se tornar pacífica e silenciosa antes do tempo.
E aí, qual a sua opinião sobre o assunto? Nos conte nos comentários.
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