O Diário Oficial da União (DOU) fez uma publicação no dia 20 de setembro, sobre a aprovação de incorporação de Rivastigmina, adesivo transdérmico (Exelon® Patch) no Sistema único de Saúde (SUS). O medicamento é mais uma opção para o tratamento de pacientes com a Doença de Alzheimer.
A rivastigmina é usada para tratamento de distúrbio de memória e demência em pacientes com a Doença de Alzheimer (DA). Em alguns países como Inglaterra, Escócia e Austrália já recomendam o uso dos adesivos de rivastigmina, onde os resultados dos estudos clínicos realizados com mais de 1000 voluntários, demonstraram que a apresentação transdérmica é tão eficaz quanto a apresentação oral e que os adesivos podem apresentar redução de efeitos adversos gastrointestinais.
O estudo também incluiu um questionário visando avaliar a preferência do cuidador ao tratamento com o medicamento via oral ou transdérmico. Dados publicados revelaram que dos 1.059 cuidadores que preencheram o questionário AD Caregiver Preference Questionnaire (ADCPQ), mais de 70% tiveram preferência pelo o uso do adesivo. Entre os fatores de preferência registrados pelos participantes estão as facilidades de uso e de seguir uma programação, além de satisfação geral e menor interferência com as atividades diárias.
Ótima notícia para pacientes brasileiros com Alzheimer, que estavam pagando pelo adesivo de rivastigmina
Aqui no Brasil, o SUS começou a oferecer gratuitamente esse medicamento.
O remédio vai liberando o princípio ativo ao logo do dia.
Ele diminui muitos efeitos colaterais como náuseas, vômitos e perda de apetite, pois leva o medicamento diretamente à corrente sanguínea, sem passar pelo sistema digestivo.
Além de ser usado em doenças como Alzheimer, também tem grande funcionalidade na Doença de Parkinson. E de acordo com a bula, aumenta a quantidade a acetilcolina no cérebro, uma substância importante para o funcionamento da memória, aprendizagem e orientação do indivíduo.
A rivastigmina já estava disponível no sistema público, mas apenas nas formas de cápsulas e solução oral.
O SUS oferece também outros medicamentos para tratamento de Alzheimer: a donepezila e a galantamina.
Esta doença que atinge em média 7% dos idosos, pode causar perda de funções cognitivas.
Mas quando diagnosticada no início, é possível retardar o seu avanço, ou ainda controlar os sintomas, melhorando a qualidade de vida do paciente.
Quem receberá o tratamento
Espera-se, então, que todo paciente que tenha recomendação e prescrição médica para usar o adesivo, tenha acesso a ele. Segundo a Conitec, ele está recomendado para pessoas com Alzheimer leve a moderadamente grave, ou seja, qualquer pessoa que tenha a doença e tenha comprovado a mesma, poderá ter a medicação diretamente do SUS.
A Doença de Alzheimer é uma enfermidade incurável que se agrava ao longo do tempo, mas pode e deve ser tratada. Quase todas as suas vítimas são idosas. Talvez, por isso, a doença tenha ficado erroneamente conhecida como “esclerose” ou “caduquice”.
A doença apresenta-se como demência ou perda de funções cognitivas (memória, orientação, atenção e linguagem), causada pela morte de células cerebrais.
O nome oficial refere-se ao médico Alois Alzheimer, o primeiro a descrever a doença, em 1906.