Você conhece o capim dourado? Ele é produzido numa região do estado do Tocantins e, a partir de consultorias do Sebrae, artesãos descobrem como gerenciar melhor seus negócios e crescer.
Confira a matéria publicada na Agência Sebrae de Notícias:
Quando começou a trabalhar com o capim dourado, o artesão Sivaldo Batista Rodrigues não imaginou que chegaria tão longe. O objetivo do morador de Ponte Alta, no interior do Tocantins, era vender suas criações para se sustentar até concluir o ensino médio. Depois disso, iria para a capital fazer faculdade e passar num concurso público. “Desde cedo, eu pensava em sair da cidade para estudar.
Pensava que isso seria temporário, que o interesse pelo capim dourado iria passar, mas o negócio só foi crescendo”, relata Sivaldo.
A atividade cresceu tanto que ultrapassou as fronteiras locais. O artesanato de Ponte Alta ganhou o mundo pelas mãos de Sivaldo, que hoje já não consegue atender a demanda, mesmo terceirizando o serviço para mais onze artesãos, envolvendo toda a família no negócio. “Semana passada tive que dispensar duas encomendas, porque não conseguiria entregar a tempo.
Tem uma encomenda de um cliente francês que já deveria ter saído daqui há três dias e ainda não conseguimos fazer tudo. Claro, que a gente sempre entra em contato para informar o andamento e explicar a situação para o cliente”, disse o artesão.
Os clientes do exterior chegaram pela internet. “O site foi desenvolvido em 2011 e no início não foi fácil. No primeiro ano, não vendemos nada pela internet. Como as pessoas não conhecem, não confiam. Nos últimos dois anos vi que utilizar o site era estratégico e rentável, então orientado pelo Sebrae, contratei uma empresa especializada em redes sociais. “Anunciei no Google e criei uma página no Facebook para divulgar as peças.
Com a ajuda dos amigos, o negócio aconteceu”, comenta. Hoje a página virtual do artesão é divulgado em mais de 170 países e ele já conta com clientes na França, Itália, Estados Unidos, Espanha e Canadá.
O sucesso do negócio é tanto que não basta terceirizar o serviço. “Neste ano comecei a investir e agora pretendo montar um galpão de trabalho e inaugurar uma loja na cidade ano que vem. Aos poucos vou estruturando a minha empresa”, explica Rodrigues, acrescentando que o apoio do Sebrae foi fundamental. “Não tinha nenhuma educação financeira, vivia endividado, era cheque pré-datado, conta para pagar e eu sem nenhum controle. A orientação valeu demais”, garante o artesão.
Ao contrário de Sivaldo, as artesãs Angliotonia Sousa Amaral e Raquel Lima Melquíades tiveram a sorte de já começar o negócio com a orientação de consultores do Sebrae. “Tem pessoas que vem para levar o artesanato e já escolhe a roupa que vai usar”, explica Angliotonia, que expandiu o negócios com peças de roupa. Para ela, a orientação tem sido fundamental nas decisões empresariais. “O Sebrae me ensinou sobre como renovar o estoque, estruturar a loja e melhorar as peças artesanais”, relata.
Já Raquel prefere manter o foco no artesanato. Ela abriu mão de outras atividades para se dedicar à produção de peças em capim dourado. Só não dispensa a orientação do Sebrae, que tem sido parceiro no negócio desde quando ela morava em Araguaína e se tornou uma microempreendedora individual (MEI) . “Sempre trabalhei com vendas de lanche e outras coisas e sempre busquei o Sebrae”. Há dois anos ela se mudou para Ponte Alta e começou a trabalhar como artesã e agora decidiu abrir seu próprio site. E acredita que a tendência do negócio é melhorar.
Serviço:
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