Quatro artesãs em Porto Seguro, no extremo Sul da Bahia, decidiram unir forças para melhorar seus negócios. Desde 2012, Ana Cristina Menezes, Célia Amorim, Ira Cardoso e Lara Mascarenhas trabalham juntas, compartilhando experiências e materiais para fabricar produtos. O primeiro contato se deu por intermédio do Sebrae, após a formalização das artesãs como microempreendedoras individuais (MEI).
“Encontrei outras artesãs que complementam o meu trabalho. Juntas, fazemos mais com menos: cada uma com a sua matéria-prima e o seu produto, mas trocamos materiais e fazemos detalhes diferenciados”, detalha Ana Cristina. Após 30 anos de ofício, ela, que trabalha com arte em couro e produz sandálias, bolsas, almofadas e tapetes, encontrou novas maneiras de empreender. “Depois de muitos anos de arte, aprendi a buscar novas oportunidades”, enfatiza.
Como resultado da associação, os custos também diminuíram. A empreendedora e artesã Ira Cardoso conta que conseguiu reduzir seus gastos em exposições, feiras e viagens a trabalho em, no mínimo, 50%. “São muitas vantagens de trabalho em grupo. Assim, reduzimos custos em viagens, dividimos o espaço expositivo, trocamos ideias e sugestões de novos produtos, técnicas de vendas e formas de pagamento. Juntas, temos melhores resultados, mas respeitando a singularidade e o trabalho de cada uma”, resume.
A próxima ação será formalizar a associação. Para isso, elas buscaram qualificação e já fizeram capacitações no Sebrae, a exemplo das oficinas SEI Vender, SEI Controlar meu dinheiro, SEI Comprar, SEI Planejar e SEI Empreender. “O Sebrae foi além dos cursos, treinamentos e apoio. A instituição nos deu mais motivação e ferramentas para valorizar nosso trabalho. A proposta de formação de grupo só teve consequências positivas, pois, além de nos tornamos mais profissionais, ainda ganhamos grandes amigas e nos tornamos mais competitivas no mercado”, conta a artesã Lara Mascarenhas, artista de cerâmica há 12 anos, que produz joias, colares, pulseiras e brincos com o pigmentos natural da argila.
O coordenador da Unidade Regional do Sebrae emTeixeira de Freitas, Alex Brito, explica que a instituição apoia ações de associativismo e cooperativismo no sentido de aumentar a competitividade dos pequenos negócios. “Dentre as linhas trabalhadas pelo Sebrae está a da cooperação. Nossos estudos mostram os benefícios de cooperar, entre eles a redução de custos como frete e descontos em compras por maiores quantidades. Faz parte do nosso trabalho o estímulo à união empresarial para aproveitar vantagens comuns ao tipo de negócio”, explica Alex Brito.
Agora, a ideia é aproveitar as novas oportunidades de negócios que apareceram após a união. Para Célia Amorim, que tem 12 anos de experiência em artesanato diversificado e tecelagem, com o trabalho em conjunto elas passaram a expor o artesanato de modo mais diversificado e em espaços maiores. “No grupo, trocamos vivências, sem falar que ganhamos mais força e expressão em feiras, exposições e rodadas de negócios. Juntas, somos mais atraentes, o que permite mais lucros e crescimento profissional”, completa a artesã.
Serviço:
Fonte [Agência Sebrae de Notícias Bahia]
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