Você já pensou em produzir sabonetes artesanais para conseguir uma renda extra? Com o intuito de auxiliar pessoas a desenvolverem esta atividade, o Sebrae preparou uma série de informações e dicas importantes.
Quer conferir?
“Atualmente, podemos preparar nossos próprios sabonetes, utilizando bases que são dissolvidas artesanalmente, adicionando a eles cores e aromas e ainda moldando-os em várias formas e tamanhos diferentes.A carência de glicerina nos sabonetes comerciais é a principal razão do ressecamento que sentimos na pele com o seu uso.
E muitas vezes vemos o próprio sabonete ressecar e rachar. Esta é a principal diferença entre os sabonetes comerciais e os sabonetes artesanais. Os ácidos graxos contidos nos óleos utilizados para se fazer o sabonete artesanal ajudam a regular a umidade e nutrir a pele, enquanto a glicerina natural dá uma textura mais macia. ”
Produção – A organização do processo de produção deve obedecer alguns pontos importantes, que passa inicialmente pela adequação da matéria-prima principal, devidamente beneficiada segundo os preceitos legais requeridos pelos órgãos fiscalizadores, em especial a Agencia Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA.
A metodologia de produção de sabonetes glicerinados apresenta dois processos básicos, conforme abaixo:
– Saponificação;
– Acabamento.
No primeiro processo, denominado de saponificação emprega-se como matéria prima básica o sebo de gado e óleo de coco, que são compostos de glicerina e ácido graxo. Adiciona-se também, em alguns casos, soda cáustica e também o sal, que atuam como removedores de impurezas.
Na execução do processo de saponificação, emprega-se habitualmente três sistemas:
– Fervura integral;
– Semi-fervura;
– Fervura e a frio.
a) Sistema de fervura integral:
É considerado o melhor e mais empregado, isso porque ele pode produzir sabão e sabonetes mais puros e também subprodutos de glicerina.
Nesse processo, a gordura, o óleo e a soda cáustica líquida são adicionados numa caldeira e processados, seguindo-se os estágios abaixo:
– Fervura;
– Salga;
– Lavagem;
– Fervura para lavagem;
– Sedimentação.
Nesse processo de fervura integral chega-se a um estágio em que os ingredientes são separados no encerramento da referida fervura. Na camada superior fica o sabão e na camada inferior os restos de sabão e glicerina, que são descartados.
A “apuração” do sabonete demanda em média de dois a três dias completos, e após esse período, ficam três camadas distintas na caldeira, sendo elas:
– Primeira camada superior de sabão puro (líquido);
– Segunda camada intermediária de nigre;
– Terceira camada inferior de restos de sabão.
Na fabricação dos sabonetes, as matérias graxas devem ser tão puras quanto possível e a saponificação dos mesmos deve ser feita de forma apropriada para ter:
– 0,1% máximo de insaponificáveis;
– 0,5% máximo de cloreto de sódio 154/05;
– 0,05% máximo de soda livre do produto final.
Para sabonetes sólidos em barra é aconselhável ter-se uma composição de matérias graxas que resulte em índice INS =160 a 170 e índice ISS= 1,5 a 1,9 (RITTER, 1995, p358).
Sistema de semi-fervura:
Este processo é geralmente empregado para o preparo de sabão de potassa ou sabão macio, a partir de óleo de coco. Equivalentes quantidades de gordura, óleo e álcali são aquecidas e misturadas num recipiente próprio ou máquina de misturar sabão até que a saponificação seja completa.
Esse método geralmente apresenta fracos resultados porque produz sabão contendo muitas impurezas. Outra desvantagem é que a glicerina não pode ser extraída nesse método.
Comparado ao processo de fervura integral, que minimiza o conteúdo de álcali do sabão líquido para menos de 0,1%, o processo de semi-fervura deixa mais de 0,3% de álcali no sabão líquido. Além do que, é muito possível contar com a presença de gordura não saponificada no sabão líquido, o que provoca a oxidação, o descoramento e o desprendimento de odores. O hipossulfito de sódio ou qualquer outro anti-oxidante é freqüentemente adicionado para minimizar esta tendência.
Sistema processo de fervura e a frio:
Nesse processo, gorduras, óleos e uma solução alcalina são misturados em proporções equivalentes em um misturador de sabão, onde se forma uma emulsão. Esta emulsão é colocada numa estrutura de resfriamento, onde a saponificação é efetivada a uma temperatura razoavelmente quente, por um período de vários dias.
As características dos sabões líquidos produzidos pelo processo a frio são similares àqueles sabões produzidos pelo processo de semi fervura. Tanto o processo de semi-fervura, quanto o processo a frio são econômicos e simples na preparação de sabões de potassa, requerendo investimentos pequenos em equipamentos e técnicas não sofisticadas.
O uso de ambos os processos, contudo, está apresentando notável decréscimo em virtude da pobre qualidade do sabão produzido e da impossibilidade da recuperação de glicerina. Como se sabe, a produção de sabonetes exige uma alta qualidade do produto que, aliás, é o fator crítico.
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Atendimento ao cliente – Para a conquista de novos consumidores é extremamente importante que as embalagens tragam o máximo de informações sobre o produto, principalmente as químicas e de composição técnica, visando dar ao consumidor tranquilidade em usar o referido produto.
Fonte e maiores informações [Sebrae]