É da riqueza da fauna e da flora da Amazônia que os artesãos paraenses retiram elementos para produzir objetos, peças, artefatos utilitários e decorativos que conquistam turistas que chegam ao Estado em busca de novidades.
A diversidade de artesanato que o Pará possui é bastante significativa. Destacam-se os feitos em Miriti; as cuias de Santarém, com seus belíssimos grafismos; além de objetos confeccionados com palha e galhos secos, cascas, patchouli, balata, madeira, sementes, bambu, pedras decorativas e areia, que dão origem a belas e originais embalagens.
Conhecer essa riqueza cultural é ter encontro marcado com as culturas milenares que deram origem ao artesanato paraense. E, de quebra, levar exemplares deles na bagagem de volta para casa.
A cerâmica marajoara, fruto do trabalho dos índios da Ilha de Marajó, é um exemplo dessa cultura. As peças são utilitárias e decorativas. Representam animais ou formas semelhantes ao homem. Atualmente, objetos cerâmicos nessa linha são produzidos por artesãos paraenses de Icoaraci, que mantêm uma tradição passada de geração em geração.
Já a cerâmica tapajônica é considerada uma das mais lindas do mundo. Os Tapajó eram uma das maiores nações indígenas da Amazônia. Suas cerâmicas decoradas, leves e resistentes, atiçam a cobiça de colecionadores do mundo inteiro. Existem inúmeros tipos de vasos de cerâmica tapajônica. Como exemplos, o vaso de gargalo, o de cariátides; pratos, estatuetas, cachimbos, entre outros. Entre as peças tapajônicas famosas estão os muiraquitãs. Réplicas podem ser compradas em formato de jóias no Pólo Joalheiro, no espaço São José Liberto, em Belém.
Outras matérias-primas utilizadas pelos artesãos paraenses são a fibra da juta e a do tururi. A partir delas, são confeccionados jogos de mesa, tapetes, bolsas, sacolas, panos, bolsas, chapéus, bonecas, entre outras peças decorativas.
Um segmento que se destaca no artesanato produzido no Pará é o da marchetaria. Objetos nessa linha também podem ser encontrados no distrito de Icoaraci, em Belém.
Do outro lado do rio Guamá, na capital do Pará, o turista encontra o artesanato produzido pelas mãos dos ribeirinhos. A principal atividade econômica deles é a extração de frutos, em especial o açaí . Para produzir diversos objetos, eles utilizam as talas de jupati, do timbuí e da carnaúba.
Com essas talas são confeccionados chapéus de palha, usados pelos agricultores e turistas para se protegerem do sol amazônico. Há também as bilhas, potes e moringas feitos de argila retirada às margens dos rios da Amazônia. Esse tipo de artesanato é utilizado no dia-a-dia e, devido à harmonia das formas e à beleza do conjunto, é muito admirado por todos.
As bijuterias artesanais, em especial algumas feitas com a casca do côco, possuem também grande aceitação de consumidores de todo o País e mesmo do exterior. Podem ser encontradas na Feira do Artesanato da Praça da República, em Belém.